Crítica

OS FABELMANS: Arte vs. Família

Há mais ou menos 12 anos, o pequenino William assistiu pela primeira vez um filme de Steven Spielberg: Jurassic Park. É indescritível a sensação, mas o pequeno William com certeza sabia, mesmo inconscientemente, que a partir daquele momento, o cinema faria parte da vida dele para sempre. Desde então, Steven Spielberg tem sido o artista que conquistou não só a minha mente e a minha imaginação, mas também o meu coração.

Tem que ser muito “homem” para assistir HOMEM COM H

As cenas de palco são batalhas, não espetáculos; cada performance, um soco no estômago do conservadorismo. As cenas de foda e sexo no meio do filme demonstram não só a época da liberdade sexual, mas a sexualidade em si de Ney Matogrosso, exposto na tela, que se fosse em 3D, talvez, pulássemos lá para foder também.

O Insuficiente avesso da libido em “Novitiate” (2017)

Na correnteza da crítica cultural, The Substance (Coralie Fargeat, 2024) e as performances de Margaret Qualley e Demi Moore geraram intermináveis comentários, nas mesmas proporções exaustivas do culto ao corpo jovem que o longa-metragem propunha de maneira ácida e extremada, visando à perturbação do/a espectador/a. São nesses momentos calorosos, de ápice da comoção pública, que muitos de nós se sentem convocados a fazer um pronunciamento.

“You”: O Espelho Sombrio da Sociedade Contemporânea

Se as narrativas contemporâneas refletem a evolução – e os desvios – da sociedade, You (2018-2024) surge como um thriller psicológico perturbadoramente catártico. A série, produzida pela Netflix e baseada nos livros de Caroline Kepnes, expõe com crueza as fissuras de nossa cultura, especialmente no que diz respeito ao amor, à obsessão e à violência romantizada.