Análise

SHAME E O MARTÍRIO DO PRAZER

São poucos os filmes que conseguem retratar tão bem um período ou uma época. Shame (2011) é um filme que aborda sem pudores algumas feridas da sociedade moderna, como a solidão, o individualismo, a busca pelo prazer e os vícios que chegam a provocar vergonha.

Código Preto

Para uma história que recorre à figura do espião, Código Preto (Black Bag, 2025, de Steven Soderbergh) dispõe de uma encenação manhosa. Afinal, entre os heróis possíveis, não existiria nenhum mais solitário.

O amor no fim do tempo em Amour e Vortex

Amar é uma atividade repulsiva. Os filmes Amour (Michael Haneke, 2012) e Vortex (Gaspar Noé, 2021) apresentam, sob ópticas estéticas distintas, figurações do fim da vida e da progressiva dissolução subjetiva e corporal provocada pela velhice, pela doença e pela morte.

Agnès Varda: O Documentário Como Escrita de Si

Percussora da Nouvelle Vague, Agnès Varda é muito conhecida pelos seus filmes Cleo das 5 às 7 (1961), Uma Canta, a Outra Não (1976) e Os Renegados (1985). No âmbito dos filmes de ficção, ela já inovava no que se chamava cinema de autor. Acumulando funções na realização dos seus filmes, Agnès Varda muitas vezes foi produtora, roteirista, diretora e até montadora.

Ainda Estou Aqui (2024) no Google Trends: Se ver e ser visto

No sábado, dia 26 de abril de 2025, em um evento na Cinemateca de Curitiba, fui assistir meu amigo Giovanni Comodo ministrar uma mini aula sobre o cinema brasileiro da década de 1970. Em sua fala fui capturado por um momento no qual ele disse que assistir filmes brasileiros é olhar para si, um espelho no qual nós enquanto identidade brasileira nos encaramos e pensamos sobre o que vemos.