CLOUD (2024) – O MARKETPLACE, O RIDÍCULO E O ABSURDO DO CAPITAL DIGITAL

Antes de rodarem “Cloud”, foi passado no telão um vídeo do diretor para o público do evento. Em sua fala, destaca sobretudo a necessidade de pensar os absurdos do mundo atual, e a busca dele por fazer um filme com um nível de realidade na qual a moral é ambígua, e que, ao mesmo tempo, funcionasse como uma produção de entretenimento.

VLADIMIR CARVALHO: o protagonismo da marginalidade candanga

Embora o gentílico para os nascidos em Brasília seja “brasiliense”, o termo “candango” acabou por se tornar uma opção tão popular que muitas pessoas nem usam o primeiro, tornando-se uma segunda opção de adjetivo pátrio… Vladimir Carvalho, nome importante da cena documental nacional, ascendeu com um dos nomes do Cinema Novo, participando de produções em sua região. Mas o que um estabelecido documentarista paraibano tem a ver com a história do cinema brasiliense? Muita coisa!

SHAME E O MARTÍRIO DO PRAZER

São poucos os filmes que conseguem retratar tão bem um período ou uma época. Shame (2011) é um filme que aborda sem pudores algumas feridas da sociedade moderna, como a solidão, o individualismo, a busca pelo prazer e os vícios que chegam a provocar vergonha.

Código Preto

Para uma história que recorre à figura do espião, Código Preto (Black Bag, 2025, de Steven Soderbergh) dispõe de uma encenação manhosa. Afinal, entre os heróis possíveis, não existiria nenhum mais solitário.

OS FABELMANS: Arte vs. Família

Há mais ou menos 12 anos, o pequenino William assistiu pela primeira vez um filme de Steven Spielberg: Jurassic Park. É indescritível a sensação, mas o pequeno William com certeza sabia, mesmo inconscientemente, que a partir daquele momento, o cinema faria parte da vida dele para sempre. Desde então, Steven Spielberg tem sido o artista que conquistou não só a minha mente e a minha imaginação, mas também o meu coração.

O amor no fim do tempo em Amour e Vortex

Amar é uma atividade repulsiva. Os filmes Amour (Michael Haneke, 2012) e Vortex (Gaspar Noé, 2021) apresentam, sob ópticas estéticas distintas, figurações do fim da vida e da progressiva dissolução subjetiva e corporal provocada pela velhice, pela doença e pela morte.

Tem que ser muito “homem” para assistir HOMEM COM H

As cenas de palco são batalhas, não espetáculos; cada performance, um soco no estômago do conservadorismo. As cenas de foda e sexo no meio do filme demonstram não só a época da liberdade sexual, mas a sexualidade em si de Ney Matogrosso, exposto na tela, que se fosse em 3D, talvez, pulássemos lá para foder também.

Agnès Varda: O Documentário Como Escrita de Si

Percussora da Nouvelle Vague, Agnès Varda é muito conhecida pelos seus filmes Cleo das 5 às 7 (1961), Uma Canta, a Outra Não (1976) e Os Renegados (1985). No âmbito dos filmes de ficção, ela já inovava no que se chamava cinema de autor. Acumulando funções na realização dos seus filmes, Agnès Varda muitas vezes foi produtora, roteirista, diretora e até montadora.