Opinião

Um gay falando de um gay dentro de uma narrativa assassina: o dia que Ryan Murphy foi longe demais

Ryan Murphy foi longe demais. O queridinho de Hollywood, que já transformou o drama adolescente em hino gay e o terror em espetáculo pop, agora brinca perigosamente com os limites da representação — e do bom senso. Em sua nova empreitada, o mesmo criador que nos deu Glee e American Horror Story decide misturar a história de um assassino sádico com a de um ator gay reprimido, confundindo monstruosidade com sexualidade. O resultado? Um delírio audiovisual que beira o insulto — e revela o abismo entre genialidade e irresponsabilidade artística.

A substância (2024)

A interpretação realista de uma história fantástica supôs a dicotomia entre duas gerações de mulheres, leitura como que imposta pelo filme. Se assim fosse, tudo se resolveria na fantasia interdita para a primeira e realizada pelo duplo. A confusão surge de uma tentativa legítima por um acerto.

VLADIMIR CARVALHO: o protagonismo da marginalidade candanga

Embora o gentílico para os nascidos em Brasília seja “brasiliense”, o termo “candango” acabou por se tornar uma opção tão popular que muitas pessoas nem usam o primeiro, tornando-se uma segunda opção de adjetivo pátrio… Vladimir Carvalho, nome importante da cena documental nacional, ascendeu com um dos nomes do Cinema Novo, participando de produções em sua região. Mas o que um estabelecido documentarista paraibano tem a ver com a história do cinema brasiliense? Muita coisa!

SHAME E O MARTÍRIO DO PRAZER

São poucos os filmes que conseguem retratar tão bem um período ou uma época. Shame (2011) é um filme que aborda sem pudores algumas feridas da sociedade moderna, como a solidão, o individualismo, a busca pelo prazer e os vícios que chegam a provocar vergonha.

OS FABELMANS: Arte vs. Família

Há mais ou menos 12 anos, o pequenino William assistiu pela primeira vez um filme de Steven Spielberg: Jurassic Park. É indescritível a sensação, mas o pequeno William com certeza sabia, mesmo inconscientemente, que a partir daquele momento, o cinema faria parte da vida dele para sempre. Desde então, Steven Spielberg tem sido o artista que conquistou não só a minha mente e a minha imaginação, mas também o meu coração.